Acessado em 29/06/2013 às 19:55
Esses três tipos de
texto são frequentemente confundidos devido às grandes semelhanças que possuem,
mas podemos diferenciá-los também através de algumas características. Vejamos
alguns conceitos:
Fábula: texto literário muito comum na literatura infantil. Fabular= criar, inventar, mentir. A linguagem
utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com
características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia entre a
realidade humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de
ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (lição moral).
- Utiliza personagens animais com
características, personalidade e comportamento semelhantes aos dos seres
humanos.
- O fato narrado é algo fantástico, não
corriqueiro ou inusitado.
Parábola: deriva do grego parabole (narrativa curta). É uma narração
alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a
ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de
sabedoria (a moral da história).
- Diferencia-se da fábula e do Apólogo
por ser protagonizada por seres humanos.
- Gênero muito comum na Bíblia: As
parábolas de Jesus.
Apólogo: Gênero alegórico que
ilustra um ensinamento de vida através de situações semelhantes às reais,
envolvendo pessoas, objetos ou animais, seres animados ou inanimados.
- Os apólogos têm o objetivo de
atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a
agir de maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar
conceitos e comportamentos humanos, de ordem moral e social.
- Diferencia-se da fábula por se
concentrar mais em situações reais, enquanto a fábula dá preferência a
situações fantásticas, e também pelo fato de a fábula se utilizar de animais
como personagens.
- Diferencia-se da parábola pois esta
trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de
qualquer tipo de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela
maioria como a maneira correta de agir.
OBS:
Hegel considera-a uma forma de
parábola: “Pode-se
considerar o apólogo como uma parábola que não utiliza apenas, e a título de
analogia, um caso particular a fim de tornar perceptível uma significação geral
de tal modo que ela fica realmente contida no caso particular que, no entanto,
só é narrado a título de exemplo especial.”
(Estética, II, 2c, Guimarães Editores, Lisboa, 1993, p.223).
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